sexta-feira, julho 23, 2010

quinta-feira, julho 15, 2010

Hermanos un paso a frente!

O Senado argentino aprovou, ontem, 14 de julho de 2010, a legalização do casamento homossexual.
Como não poderia deixar ser, a Igreja, era a grande opositora desta proposta. Num Estado laico questões religiosas, seja qual for a religião, não podem servir para fundamentar decisões governamentais. Nem religião, nem time de futebol, nem mesmo, partido político. Se fosse assim, partidos de direita governariam única e exclusivamente para pessoas de direita e partidos de esquerda para pessoas de esquerda, os demais, danem-se. Democracia não é isso. O Estado Democrático deve servir a todos e todas. Utópia da verdade realidade. Não existe. As pessoas vivem em sociedade subdividem-se em grupos e dentro desse "nicho social agrupador" definem o que é certo e errado. Quem está com eles, certo. Quem está contra, errado. Pronto. O preconceito e a discriminação estão formados. A união por afinidade é saudável e contribui para o desenvolvimento do indivíduo dentro da sociedade (que o todo). Todavia, repudiar àqueles que são contrários ao que se estabelece como correto é tolher a liberdade do outro. Não concordar ou aceitar é exercer a democracia. Afinal, há liberdade de expressão, mas sempre com respeito. 
A Argentina provou que é possível. Favoráveis e contrários à legalização do casamento homossexual expuseram suas opiniões e através do voto aprovaram a lei que autoriza o casamento de pessoas do mesmo sexo. Todos somos iguais, todos somos diferentes. E essas diferenças devem ser respeitadas.

quarta-feira, julho 14, 2010

Frio de renguear cusco

Faz frio aqui pelas bandas do sul!
Frio - vinho - queijo - boa compania, combinação perfeita.
Pero, traz muita tristeza àqueles que não tem condições de comprar agasalhos bem quentinhos, então, vá até a prefeitura/associação de moradores/ong's em sua cidade e doe roupas, em bom estado de conservação, para quem sofre esse frio.

sexta-feira, julho 09, 2010

Sociedade e a sede de vingança: contra que(m)?

A cena policial anda agitada (e estarrecida) no Brasil. O assunto que não quer calar, caso do goleiro Bruno do Flamengo. Time com o maior número de torcedores. Os jogadores são exemplos para a molecada? Talvez. Na triologia fama dinheiro e mulher, bem provável. E, é justamente nesse ideal de "vida perfeita" que as indagações flutuam. Por que o jogador cometeu este crime bárbaro, se tem fama DINHEIRO e mulher?? Tem tudo. Tudo o quê? Os valores éticos,morais,de felicidade são subjetivos, mas, devido ao sistema capitalista selvagem em que estamos inseridos  o capital é o bem supremo que define a pirâmide social, na qual todo(s) querem ir ao topo e, se não querem, serão estimulados para isso. Menino pobre negro e abandonado pelos pais, realidade de muitos e muitas, que desejam um futuro melhor, uma vida bacana. Alguns, optam pela criminalidade por ser o caminho "mais rápido", por raiva, por medo, por exclusão. Alguns, almejam carreiras promissoras, no futebol, nas passarelas, na televisão. Outros poucos, decidirão pelo estudo, e não por serem melhores do que àqueles, mas porque tiveram incentivo, interno e/ou externo. Estudo exige dedicação e tempo. Muitos tem que trabalhar para ajudar nas despesas da casa, é dificil manter uma rotina de estudos. Isto fortalece os primeiros modos de se manter/sobreviver. Bruno, o goleiro, deve ter uma vida calcada em dificuldades, insegurança, medo e raiva pela infância pobre, por ter sido um filho renegado. A criança até o período de alfabetização, 6 ou 7 anos, precisa da figura materna por perto, é ela que transmite a segurança necessária para o, aprender a andar com as próprias pernas, juntamente com a contribuição paterna. Mas a mãe é fundamental nessa faixa etária. Não tenho do que reclamar, a minha foi e ainda é muito presente. Então, se resolve a equação, o ex-goleiro do Flamengo matou a ex-amante pois tem problemas psíquicos pela ausência da mãe somada a pobreza em que se criou e os inúmeros amigos infrantores que tem e consumo de drogas? Essas situações contribuiram para a ocorrência do delito, mas não se pode esquecer da bestialidade humana, do chacal adormecido dentro de cada um. Bestilidade que levou dois adolescentes a cometeram o crime de estupro contra uma jovem de 13 anos, em Santa Catarina. Mas este não deve ser divulgado pela mídia, afinal de contas, trata-se de crime praticado pela elite, com o argumento de respeitar o que dispõe o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente; o que não foi aplicado ao caso do goleiro Bruno, que tem como principal desarticulador dos fatos seu primo de 17 anos, que foi identificado em todas as emissoras televisivas, o que não é permitido pelo estatuto. Por que estes jovens de classe media-alta, que tem uma boa casa, estudam nos melhores colégios, viajam para exterios, tem DINHEIRO cometeram esse bárbaro crime. Porque não tem limites, para chamar a atenção dos pais (ausentes), pelo consumo de drogas. Situações semelhantes ao do primeiro caso. Péssima base familiar, e aqui, não se fundamenta em pai-mãe-filho, a família feliz da propaganda de margarina, mas sim àquela familia que há amor e respeito (e briguinhas também), e o consumo desenfreado de drogas são presentes no sistema prisional, sendo os apenados advindos de estratos baixo (maioria) ou superior da sociedade. E diante do chacal acordado do outro a bestialidade dos demais se manifesta. Multidões se espremem na frente de delegacias para exclamarem sua ira: "assassino, monstro, covarde,ordinário". Se pudessem queimar o seu algoz em praça pública não hesitariam, ao contrário, excitariam-se. Da mesma forma em relação ao delinquente burguês: "playboy de merda, monstro, covarde, capitalista podre". A vontade da população é de bater, dar uma surra daquelas nesses filhinhos de papai. Como o sentimento arcaico de vingança acompanhado com raiva,ira,ódio se faz presente mesmo em situações indiretas ao individuo. Claro, ninguém  é Mahatma Gandhi ou Nelson Mandela em tempo integral, todavia perpetuar desunião, fortificar lutas de classes, abominar o diferente, intensificar o lado negativo do ser e ter não contribui para transformações positivas.
A verdade é que vivemos num Estado Social Democrático de Direito, porém repressor. Há uma infinidade de condutas que são criminalizadas. Por exemplo, levantar o dedo do meio para outra pessoa é crime, de Ato Obsceno, art. 233 - CP, pena: detenção, de três mese a um ano, ou multa. O Estado é laico, contudo fundamenta-se em moralismo religioso, por isso aborto ainda é crime. O Estado é capitalista, preza o liberalismo econômico, no entanto intervere na vida do cidadão, haja vista o aumento de tributos. O Estado é social e democrático, todos são iguais perante a lei, mas porque há tanta desigualdade. A sociedade é contraditória reflexo do Estado contraditório que a governa. Estamos em tempo de mudança estatal. Que haja mais consciência política ao individuo e aos políticos o desejo de unificar o respeito as diferenças e criar uma sociedade livre. Livre de preconceitos. Livre para ter sua opinião,mesmo que preconceituosa. Livre de religião. Livre para ter sua religião, mesmo moralista. Livre para escolher ser empregado ou patrão, sem o pensamento de exploração por ambas as partes. Livre para fazer um aborto, mas não para usá-lo como método anticontraceptivo. Livre para exercer os seus direitos e respitar os do outro. Liberdade, igualdade e fraternidade essa é a triologia a ser seguida.

Seguidores